Aplicações das radiações não ionizantes na medicina

As diversas formas da radiação não ionizante (luz visível, infravermelho, ultravioleta, micro-ondas e de rádio) são utilizadas não só para funções corriqueiras em nosso dia a dia, como telecomunicações e eletrodomésticos, mas também têm papel importantíssimo na rotina dos hospitais e clínicas médicas. O uso das diversas fontes de radiação eletromagnética é constante e diretamente associado à capacidade de interação da energia com o tecido biológico.

Os benefícios para os pacientes através de tratamento e diagnóstico médico com radiação não ionizante são enormes, agindo desde o diagnóstico de certa alteração no organismo do paciente, até o tratamento, este podendo ser realizado através de diversas técnicas. O uso no diagnóstico médico contribui para detectar doenças em seus diferentes estágios, permitindo que os médicos determinem os cuidados mais apropriados e eficazes, o que anteriormente ocorria por meio de cirurgias exploratórias para descobrir possíveis causas dos sintomas apresentados pelo paciente. Além do diagnóstico, a radiação não ionizante atua também em algumas técnicas de tratamento, que agem no organismo sem causar danos graves ao tecido sadio, e sem causar efeitos colaterais ao paciente.

Os efeitos da radiação não ionizante em certo tecido, ou quaisquer outras substâncias, acontecem quando há transferência de energia da radiação aplicada para o tecido, havendo absorção dessa energia. Como efeito ao tecido humano relacionado a essa absorção, há o térmico e o não térmico, sendo o primeiro devido à deposição de calor e o segundo à interação direta do campo eletromagnético com as substâncias, sem que haja transferência significativa de calor.

O uso da radiação não ionizante é condicionado aos benefícios trazidos. Existem diversos equipamentos médico-hospitalares para tratamento ou diagnóstico de doenças. No caso do diagnóstico, podemos citar o equipamento de Ressonância Magnética; já para terapia, tem destaque os sistemas de hipertermia (13,6 MHz) e radiotermia (27,2 MHz). Além disso, para ambas as aplicações, diagnóstico e terapia, há vários grupos de pesquisa no mundo voltados para o desenvolvimento e aplicação de novos métodos, como Espectroscopias e Terapia Fotodinâmica.

A grande vantagem em relação ao uso da radiação ionizante é a ausência de efeitos negativos ao tecido saudável, fazendo com que a radiação não ionizante ganhe grande força em seu uso nos últimos tempos, havendo diversas pesquisas e avanços na aplicação destas radiações.

Abaixo está uma tabela com diferentes possíveis aplicações da radiação não ionizante na medicina.

Radiofrequência Imagem por Ressonância Magnética
  Tratamento de arritmia supra-ventricular
  Tratamento de Apneia Obstrutiva do Sono
Microondas Detecção de tumores
  Tratamento de hiperplasia benigna de próstata
  Tratamento de arritmia supra-ventricular
  Prevenção de cáries dentárias
Infravermelha Termografia
  Regeneração tecidual (especialmente IV distante)
  Tratamento de dor
  Imagem Tomográfica por Fluorescência (IV próximo)
Luz Visível Endoscopia por fibras óticas
  Dosimetria
  Várias aplicações de lasers
Ultravioleta Tratamento de psoríase e vitiligo